> VIOLÊNCIA EM SÃO PAULO

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Elegeram Serra governador, agora nada de reclamar, chorem!


8 morrem na maior chacina do ano em SP
Vítimas estavam reunidas em um bar de Ribeirão Pires, no ABC paulista; três pessoas foram feridas e estão hospitalizadasJosé Francisco de Melo, 41, um dos mortos na chacina, havia ido ao local do crime apenas para instalar um aparelho de videokê

ANDRÉ CARAMANTEDA REPORTAGEM LOCAL
Acompanhado de três homens, dois dos quais usando "toucas ninja", um atirador com corte de cabelo "estilo militar" e que portava uma pistola prateada abriu fogo contra 15 pessoas que estavam em um bar de Ribeirão Pires, na região do ABC paulista, na noite de sábado, e atingiu 11 delas. Oito morreram.O crime ocorreu no bairro Quarta Divisão, perto da zona leste de São Paulo, e foi a maior chacina (caracterizada pelo assassinato de três ou mais pessoas num único atentado) ocorrida no Estado em 2007.Os outros três homens atingidos pelos atiradores não correm risco de morte. Mesmo feridos, eles correram e se esconderam com algumas mulheres na cozinha do bar.Para a polícia, existem pistas importantes no caso: a característica física dos dois atiradores que não usavam capuz, incluindo o do cabelo "estilo militar", e o fato de um dos assassinos ter gritado "confere" no momento da matança. Cápsulas de pistola 9 mm também foram achadas na cena do crime. Essa arma é de uso restrito das forças de segurança.Assim que o "confere" foi determinado, os atiradores se dirigiram às vítimas, todas já baleadas e caídas no chão, e, para ter certeza de que nenhuma delas sobreviveria, dispararam contra suas cabeças.Um dos oito mortos pelos quatro atiradores, José Francisco de Melo, 41, havia ido ao bar apenas para instalar um aparelho de videokê. Ele não conhecia os outros sete mortos.Além de Melo, também foram mortos Richard Denis Guarizzo, 36, Marcos Luiz da Silva, 23, Alessandro da Silva Nunes, 27, Edinei Paulo Gonçalves, 35, Denizar Marcelino Barbosa, 22, Reinaldo Teodoro de Souza, 40, e o adolescente Bruno Ramos Firmino, 16, que chegou a ser socorrido no Hospital Nardini, em Mauá (ABC). Souza era namorado da dona do bar onde o crime ocorreu.Para determinar as motivações da chacina, a polícia faz agora um perfil detalhado de cada uma das 15 pessoas que estavam no bar, principalmente dos oito mortos. A intenção é descobrir qual delas era o principal alvo dos assassinos.O delegado Augusto Farias, de Ribeirão Pires, diz acreditar que é muito cedo para determinar o que motivou a maior matança do ano no Estado, mas ele trabalha com duas hipóteses mais fortes: crime passional ou envolvimento com drogas.Assim que a Polícia Civil foi informada sobre a gravidade do ataque em Ribeirão Pires e que se tratava da maior chacina do ano, o governo paulista determinou que o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) de São Paulo entrasse nas investigações. Se não fosse um caso de repercussão, só a polícia de Ribeirão atuaria.Entre janeiro e a noite de ontem, de acordo com levantamento da Folha, aconteceram 21 chacinas no Estado, com um saldo de 84 mortos e 18 feridos. Dos 21 casos, oito ocorreram na zona norte da capital.O número de chacinas segundo a Secretaria da Segurança Pública, que contabilizava até ontem os casos ocorridos na capital e Grande São Paulo, é menor: 18 casos, com 73 mortos e 12 feridos. A pasta não informou quantas chacinas foram esclarecidas pela polícia.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial