Sem escolta, presa é resgatada ao deixar hospital
HOMEM ARMADO RENDEU MOTORISTA E DOIS AGENTES PENITENCIÁRIOS NA SAÍDA DO HOSPITAL DO MANDAQUI. DETENTA CUMPRIA 12 ANOS DE PRISÃO
Uma presa condenada a 12 anos de cadeia por tráfico de drogas foi resgatada na noite de anteontem por homens armados na saída do Hospital do Mandaqui (zona norte). Não havia escolta policial acompanhando o transporte da detenta da Penitenciária Feminina Sant'Anna (zona norte) até a unidade de saúde. O motorista da ambulância e dois agentes penitenciários foram rendidos e trancados no veículo pelos criminosos, que fugiram com a presidiária. Até ontem à noite, ela não havia sido recapturada.No começo do mês, uma reportagem do Agora revelou uma série de denúncias de agentes penitenciários sobre a ausência de escolta no transporte de detentos para o Hospital do Mandaqui. Na ocasião, a Secretaria de Administração Penitenciária afirmou serem improcedentes as queixas. Em nota, disse que "os procedimentos de escolta são feitos atendendo aos padrões de segurança da secretaria", sem detalhar, no entanto, quais seriam estes padrões."O padrão é ir o agente desarmado, o preso e o motorista", afirmou ontem uma funcionária do sistema penitenciário. Segundo ela, os agentes são ameaçados pela diretoria da unidade, caso se recusem a acompanhar, sem segurança, um detento até o hospital.Anteontem, a presa Andressa Sacca, 30 anos, machucou o braço e a coluna ao cair da cama, por volta das 20h. Segundo a polícia, a direção do presídio chamou um carro do resgate do Corpo de Bombeiros para levá-la ao hospital. "Ninguém podia encostar a mão nela. Ela gritava de dor", contou a agente.Na volta, o transporte seria feito na ambulância da SAP. Um motorista e dois agentes penitenciários foram encarregados de levar a detenta de volta à prisão. Ainda no pátio do hospital, logo após eles terem algemado Andressa na ambulância, um homem armado se aproximou e entrou no veículo, ordenando que os funcionários não reagissem porque mais pessoas davam cobertura à ação.Os agentes contaram à polícia, que logo após entrar no veículo, o homem avisou ao restante da quadrilha, por celular, que já estava com a detenta. O motorista foi obrigado a sair do hospital e seguir com o criminoso, a detenta e os agentes até as proximidades da rua Luís Lustosa da Silva, Santana. Lá, o bandido ordenou que ele parasse o carro e lhe entregasse as chaves e as algemas que carregava.Em seguida, um outro homem armado apareceu e retirou Andressa da ambulância. Os agentes foram algemados e trancados no carro da secretaria. "Eles ficaram morrendo de medo que os bandidos pusessem fogo na ambulância e começaram a gritar", contou um agente penitenciário que, por medo de represálias, não quis se identificar. Um motoboy passava pelo local, escutou os gritos das vítimas e avisou a Polícia Militar. O caso foi registrado no 20º DP, na Água Fria (zona norte da capital).Resposta
Procurada, a Secretaria da Administração Penitenciária afirmou ter solicitado à PM a escolta de Andressa, mas não foi atendida. A SAP disse desconhecer o motivo que teria feito a PM não atender à solicitação, e informou ter aberto uma sindicância para apurar e houve facilitação dos agentes.A PM disse ontem, por meio da sua assessoria de imprensa, que não teria condições de verificar com precisão se houve realmente solicitação da secretaria. Isso, diz a PM, será feito hoje. (Mariana Pinto)
HOMEM ARMADO RENDEU MOTORISTA E DOIS AGENTES PENITENCIÁRIOS NA SAÍDA DO HOSPITAL DO MANDAQUI. DETENTA CUMPRIA 12 ANOS DE PRISÃO
Uma presa condenada a 12 anos de cadeia por tráfico de drogas foi resgatada na noite de anteontem por homens armados na saída do Hospital do Mandaqui (zona norte). Não havia escolta policial acompanhando o transporte da detenta da Penitenciária Feminina Sant'Anna (zona norte) até a unidade de saúde. O motorista da ambulância e dois agentes penitenciários foram rendidos e trancados no veículo pelos criminosos, que fugiram com a presidiária. Até ontem à noite, ela não havia sido recapturada.No começo do mês, uma reportagem do Agora revelou uma série de denúncias de agentes penitenciários sobre a ausência de escolta no transporte de detentos para o Hospital do Mandaqui. Na ocasião, a Secretaria de Administração Penitenciária afirmou serem improcedentes as queixas. Em nota, disse que "os procedimentos de escolta são feitos atendendo aos padrões de segurança da secretaria", sem detalhar, no entanto, quais seriam estes padrões."O padrão é ir o agente desarmado, o preso e o motorista", afirmou ontem uma funcionária do sistema penitenciário. Segundo ela, os agentes são ameaçados pela diretoria da unidade, caso se recusem a acompanhar, sem segurança, um detento até o hospital.Anteontem, a presa Andressa Sacca, 30 anos, machucou o braço e a coluna ao cair da cama, por volta das 20h. Segundo a polícia, a direção do presídio chamou um carro do resgate do Corpo de Bombeiros para levá-la ao hospital. "Ninguém podia encostar a mão nela. Ela gritava de dor", contou a agente.Na volta, o transporte seria feito na ambulância da SAP. Um motorista e dois agentes penitenciários foram encarregados de levar a detenta de volta à prisão. Ainda no pátio do hospital, logo após eles terem algemado Andressa na ambulância, um homem armado se aproximou e entrou no veículo, ordenando que os funcionários não reagissem porque mais pessoas davam cobertura à ação.Os agentes contaram à polícia, que logo após entrar no veículo, o homem avisou ao restante da quadrilha, por celular, que já estava com a detenta. O motorista foi obrigado a sair do hospital e seguir com o criminoso, a detenta e os agentes até as proximidades da rua Luís Lustosa da Silva, Santana. Lá, o bandido ordenou que ele parasse o carro e lhe entregasse as chaves e as algemas que carregava.Em seguida, um outro homem armado apareceu e retirou Andressa da ambulância. Os agentes foram algemados e trancados no carro da secretaria. "Eles ficaram morrendo de medo que os bandidos pusessem fogo na ambulância e começaram a gritar", contou um agente penitenciário que, por medo de represálias, não quis se identificar. Um motoboy passava pelo local, escutou os gritos das vítimas e avisou a Polícia Militar. O caso foi registrado no 20º DP, na Água Fria (zona norte da capital).Resposta
Procurada, a Secretaria da Administração Penitenciária afirmou ter solicitado à PM a escolta de Andressa, mas não foi atendida. A SAP disse desconhecer o motivo que teria feito a PM não atender à solicitação, e informou ter aberto uma sindicância para apurar e houve facilitação dos agentes.A PM disse ontem, por meio da sua assessoria de imprensa, que não teria condições de verificar com precisão se houve realmente solicitação da secretaria. Isso, diz a PM, será feito hoje. (Mariana Pinto)
Fonte: Agora
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