PM é detido por fraudar lista de propina para delegacias
Corregedoria apura se mais policiais se envolveram no assalto frustrado
SÃO PAULO - A Corregedoria da Polícia Militar prendeu na segunda-feira, 28, um PM que confessou ter fraudado a lista com as iniciais DP e os 31 envelopes com dinheiro encontrados no carro do advogado Jamil Chokr. Ele bateu com o Vectra blindado após tentativa frustrada de assalto na sexta-feira, na zona norte da capital.
A Corregedoria investiga também a possibilidade de um ou mais PMs terem participado da tentativa de assalto ao advogado, que disse ter recebido R$ 10 mil em dinheiro de um cliente minutos antes de ser perseguido. Ele defende empresários ligados à jogatina eletrônica. Por isso, o caso dos envelopes, que continham valores diferentes, nomes, endereços e números anotados, estava sendo investigado como suposta propina pela Corregedoria da Polícia Civil. Chokr foi ouvido na segunda-feira pelos corregedores no hospital onde está internado. À polícia, o advogado negou que estivesse corrompendo policiais.
O secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, recebeu na noite de segunda-feira cópias do depoimento do PM para analisar o material.
Intervalo
A suspeita da cúpula da Segurança Pública de que poderia haver algo errado surgiu quando Marzagão soube que entre o acidente e a apresentação do material apreendido houve um intervalo de mais de oito horas. O acidente ocorreu por volta das 11h30 de sexta-feira, e o registro da ocorrência no 9º DP, na zona norte, foi feito pelos PMs somente às 20 horas. Ele determinou que a Corregedoria da PM apurasse o caso.
Segundo um delegado da cúpula da Polícia Civil, o incidente fez com que o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Aldo Galeano Junior, não comparecesse à Virada Social no Jardim Elisa Maria, zona norte, no dia seguinte. Galeano estava contrariado pelo fato de a PM ter escondido o caso.
A lista fraudada tinha números ordinais de 1 a 105. O que os PMs talvez não soubessem é que o número de DPs da capital vai somente até o 103.
Segundo um delegado da cúpula da Polícia Civil, o incidente fez com que o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Aldo Galeano Junior, não comparecesse à Virada Social no Jardim Elisa Maria, zona norte, no dia seguinte. Galeano estava contrariado pelo fato de a PM ter escondido o caso.
A lista fraudada tinha números ordinais de 1 a 105. O que os PMs talvez não soubessem é que o número de DPs da capital vai somente até o 103.
AG Estado
Se a policia de SP tivesse um salário decente, justo, não estaria envolvida na criminalidade, agindo como os bandidos.
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